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Monday, May 22, 2017

brincar com os filhos

Aprender a brincar com os filhos é um caminho , uma porta para reconexão com nós mesmos. Nos reconectar com nossas crianças passa por re-aprender a conviver com nós mesmos.

Não existe a possibilidade de fingir que brinca com uma criança. Ou elas sentem nossa presença ou exigem essa presença de nós.

Se as crianças exigem nossa presença , seja com choro , com quedas e acidentes repentinos e sem causa aparente , ou com incansáveis convites para que brinquemos com elas , são sinais que nós estamos em estado de ausência desconectados delas, logo, desconectados de nós mesmos.

Em geral fomos condicionados desde a infância para cumprir expectativas externas.

Passamos horas de nossas vidas infanto-juvenis sendo direcionados a práticas que nunca fizeram sentido para nossas pulsões interiores.

Isso foi gerando vazios repletos de desconexão com a nossa presença primal.

Vazios preenchidos com excesso de trabalho, horas de auto-esquecimento na frente da tv, do computador, do facebook, do watszap, consumo de álcool e outras drogas das mais pesadas às mais refinadas como o açúcar e outros vícios alimentares.

Até aquela prática de esportes, yoga, taichi, artes que poderiam servir de portas de conexão com nós mesmos podem funcionar como rota de fuga e auto-esquecimento

Não adianta buscar uma educação melhor para nossos filhos , colocá-los em escolas em que tenham uma infância mais livre se ao voltar pra casa eles nos encontrarem desconectados, vivendo uma vida montada pelo medo das crenças limitantes da sociedade.

A escola não é nada mais que a escola dentro da escola da vida.

Precisamos ir além de simplesmente tirarmos um tempo diário para brincarmos com nossos filhos.

Não basta abrirmos todos os dias a porta da nossa reconexão se não damos um passo à frente e corremos o risco de atravessar a porta para sempre, de pisar os dois pés no outro paradigma, de sair do meio do caminho e seguir no caminho do meio, o caminho do coração.

Enquanto brincar está separado de viver, ainda é o paradigma da desconexão.

Viver e brincar são lados de uma única realidade: o prazer de estar presente.




Thursday, May 18, 2017

Seguindo o caminho do coração!

Há muito que desconfio do ato de resistir
Resistir à mudança, resistir ao novo, resistir ao radicalismo...
Todos são fagulhas da mesma chama
A chama do extremismo

O extremismo resiste porque ele não vai a fundo na transmutação
O extremismo é muitas vezes confundido com radicalismo

Mas enquanto o radical mergulha na raiz e vive a intensidade pratica da experiência, o extremista vai no extremo e superficial sem experimentar a realidade das coisas. O extremista vai no extremo do ideal, mas o ideal nunca re-existe.

Defender um ideal não é viver o ideal. Quando vivemos  experiência do ideal, o ideal deixa de ser ideal.
Sair da ideia e fluir na experiência nos coloca em contato com nossa potência.

Mas nossa condição de desconectados e impotentes nos faz resistir à  nossa própria potência criadora e quando pensamos em re-existir NA mudança só conseguimos resistir À mudança, nos tornamos idealistas...

Quando idealizamos a experiência radical, que vai a fundo na raiz, e não aprofundamos na experiência nos tornamos extremistas e passamos a defender o que é radical.

O extremista defende a mudança ao extremo mas não muda. Defender a mudança é resistir à mudança.

O radical verdadeiro não defende o que é radical, o que é certo ou errado, simplesmente porque não há o que defender quando se esta re-existindo , transmutando a realidade.

Ser extremista é seguir os caminhos dos pensamentos, do racional e das idéias desconectados e em paradoxo com os sentimentos e ações.

Ser radical é viver a coerência entre o sentimento, o pensamento e a ação.

Ser extremista é seguir o caminho da cabeça

Ser radical é seguir o caminho do coração