Há muito que desconfio do ato de resistir
Resistir à mudança, resistir ao novo, resistir ao radicalismo...
Todos são fagulhas da mesma chama
A chama do extremismo
O extremismo resiste porque ele não vai a fundo na transmutação
O extremismo é muitas vezes confundido com radicalismo
Mas enquanto o radical mergulha na raiz e vive a intensidade pratica da experiência, o extremista vai no extremo e superficial sem experimentar a realidade das coisas. O extremista vai no extremo do ideal, mas o ideal nunca re-existe.
Defender um ideal não é viver o ideal. Quando vivemos experiência do ideal, o ideal deixa de ser ideal.
Sair da ideia e fluir na experiência nos coloca em contato com nossa potência.
Mas nossa condição de desconectados e impotentes nos faz resistir à nossa própria potência criadora e quando pensamos em re-existir NA mudança só conseguimos resistir À mudança, nos tornamos idealistas...
Quando idealizamos a experiência radical, que vai a fundo na raiz, e não aprofundamos na experiência nos tornamos extremistas e passamos a defender o que é radical.
O extremista defende a mudança ao extremo mas não muda. Defender a mudança é resistir à mudança.
O radical verdadeiro não defende o que é radical, o que é certo ou errado, simplesmente porque não há o que defender quando se esta re-existindo , transmutando a realidade.
Ser extremista é seguir os caminhos dos pensamentos, do racional e das idéias desconectados e em paradoxo com os sentimentos e ações.
Ser radical é viver a coerência entre o sentimento, o pensamento e a ação.
Ser extremista é seguir o caminho da cabeça
Ser radical é seguir o caminho do coração
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